segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Alta Fidelidade

Meu livro predileto é “Alta Fidelidade” de Nick Hornby. O livro conta a história de Rob Fleming, um homem normal de 35 anos, sem nenhuma característica física que chama a atenção e nenhuma realização profissional que lhe de destaque. Ele é dono de uma loja de discos e CDs de música, bem no meio do boom das lojas de CD. Quando não havia internet e essas lojas eram nossos únicos meio de poder ouvir nossas músicas prediletas sem que fiquemos horas pra poder ouvi-las no rádio.

O fato dele não ser um homem bem sucedido, é que a sua loja é tanto diferente das convencionais. Ele por ser um amante incondicional da boa música, não deixa qualquer coisa entrar em sua loja, portanto, sua loja é considerada um reduto dos amantes de músicas de qualidade, ou seja, quase ninguém. O que deixa essa paixão por música um tanto diferente, que chega a ser o tema do livro, é sua mania compulsiva de que todos os momentos da vida exigem um TOP Five. Com seu radio gravador de fitas K7, ele junto de sua coleção invejável que de tão imensa chega a tomar o maior espaço físico de seu apartamento, ele passa a maior parte de seu tempo gravando sem parar esses inúmeros Tops Five. Enquanto que em sua vida pessoas entram e saem com tal dinamismo que só não viram um branco de esquecimento, por causa de seu vício compulsivo. Que o faz enumerar além de músicas perfeitas para cada momento, suas melhores transas, namoradas e até foras.

Muitos vão ler esse livro e vão dizer, “Putz, é só isso mesmo?”, e vão ter razão. O livro mostra alguns meses na vida desse cara normal com uma mania popular, que mostra o momento exato da saída de uma vida em sonhos, para uma real. Esse livro virou um filme hollywoodiano protagonizado por John Cusack, que alias também é muito bom, embora tenha romantizado e explorado mais as manias do protagonista ao invés da vida como o livro faz. E o final aberto do livro deixa a conclusão perfeita para mim, de que ele está escrevendo sobre uma um homem normal, e que homens normais só tem suas histórias concluídas na morte, que não é esse caso.

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