Para a maioria das que dizemos que amamos na vida, nunca temos uma resposta concreta do porque amamos ou qual foi o momento exato que começamos a amar. De modo geral temos uma certeza absoluta desse amor, um bom exemplo é o amor que temos pelos nossos pais. Ninguém que nasceu e foi criado ao lado dos pais, sabe o momento exato ou o porquê os amamos. Só temos essa tal certeza absoluta, que amamos as pessoas que nos trouxeram ao mundo e nos amaram com todas as forças, apesar das renúncias e contratempos que trouxemos.
Mas sempre tem certos amores que temos uma resposta exata e imediata a essa pergunta. Infelizmente o mundo dá voltas e mostra as suas garras do tempo, e tudo o que você planeja e tem como certeza, acaba não se concretizando. Mas a certeza que você teve um dia, essa nenhum tempo ou mundo pode te tirar. Como já foi dito, eu já tive uma dessas certezas que essas garras me levaram, e o tempo me convenceu que estavam certas. Essa certeza que ocorreu num dos nossos momentos banais de um dos nossos romances clandestinos. Numa tarde ensolarada de sábado, como de costume protegidos por uma arvore majestosa e uma canga rendada. Num abraço gostoso em que sentia o aroma frutífero de seus cabelos, você veio a mim e me disse as seis palavras que encheram o meu coração de tal forma que a certeza o atingiu.
A certeza que trouxe uma resposta de também seis palavras, com apenas três repetidas, e que foram proferidas com uma sinceridade até então não profetizada. Um arrepio nos pelos e na espinha que só me permitiram uma única e deliciosa reação. Um aperto carinhoso em meu abraço, que proporcionaram uma posição ideal de um beijo. Um beijo que selou minha certeza como um pacto e marcou minha memória, nesse ato inusitado e aventureiro.
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