quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ela

Comigo sempre foi assim, o que eu me esforço eu consigo e o que eu não me esforço eu não consigo. Mas com ela foi completamente diferente. Eu tive sorte, uma sorte que não tive em toda minha vida até aquele momento. Lá estava eu saindo cedo da escola e avistando a louca mais bonita que eu conheci, até pelo menos há um três anos atrás. Lá estava batendo com tudo naquele orelhão de um ponto isolado do bairro do Maracanã. Lá estava ela, moradora de Piedade, completamente perdida naquele ponto isolado do bairro.

Fui gentil, confiante e criativo. Meus sentidos estavam disparados, estava a toda e não vacilei. Com a conversa mole, consegui um telefone. Liguei e o telefone tava certo. Tudo começou, e evolui com uma rapidez que tinha tudo pra me assustar, mas só animou. Primeiro encontro, primeiro beijo no ponto na hora de ir embora, primeiros toques, primeiras conversas, primeiros risos e do nada como um raio aconteceu. Eu me apaixonei, exatamente como um raio, primeiro veio à luz e a certeza que eu tava perdido naquela menina. E depois veio o som e a certeza que ela Também estava. Não tínhamos amigos, não tínhamos rotina, só tínhamos a nós.

Sozinhos permanecemos até o seu aniversário, aquele dia D no meio de Outubro. Passeios pelo Rio de Janeiro, matei aulas, desmarquei compromissos, arrumei dinheiro e tempo, tudo pra ela. Nos amamos, nos conhecemos, nos exploramos em nosso mundo mágico, até acontecer o inevitável. A realidade bateu a porta e acabou o filme, acordando numa manhã. Não éramos um pro outro, tínhamos nada em comum, nem os pensamentos. Como os americanos dizem, foi amor de verão. Chega, arrasa e depois se vai deixando saudades. Foi isso que aconteceu, deu início, ocorreu e concluiu no tempo certo. Isso tudo foi ela.

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