Eu acordo sozinho... Sozinho em meu quarto. O dia raiou e me incomoda, tanto que perco o resto do meu sono. Levanto, tomo banho, me visto, escovo os dentes e tomo meu café da manhã. Todos os dias são trinta minutos do meu dia, que se passam. Nunca os percebo e sempre são necessários. Nesse tempo não penso em nada de concreto, só em alguns relances de você que dominou meus sonhos. Limpo, arrumado, cheiroso e alimentado, eu saio de casa. Saio para rotina do trabalho, a rotina de uma vida que eu vivo no instinto.
Sempre sigo a mesma trilha, aquela que inicia num levantar de braço. E termina numa puxada de corda ou em simples palavras. A trilha que passo imóvel, viajando em meus pensamentos. Pensamentos que são dominados pelos meus medos, meus sonhos, meus anseios e meus consolos. Você, eles, elas, aquilo, ali e o hoje sempre são os principais assuntos. Eles se misturam e começam na mesma velocidade que terminam. Eles voltam e se vão, se misturando numa tranqüilidade sobre humana de controle. Meu corpo se movimenta parado, numa seqüência sem fim de idas, vindas, curvas e apertos. São sempre iguais e nunca na mesma ordem, tem um ciclo de variância tão perfeito e preciso que causa inveja há todos matemáticos que vêem nela há tão improvável variável do infinito.
Já minha rotina não chega nem perto dessa variável. Na verdade, ela tem um finito facilmente alcançável. O que um dia foi novo e excitante, hoje é chato e monótono. Sem nenhuma brecha para novidade ou inspiração. E com a trilha de volta alcançada, o que me espera é minha cama novamente. E a felicidade que por momentos confortantes de descanso, ninguém jamais, poderá tirar você de mim. Pelo menos até o próximo raiar de sol.
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