Boca na Urna >> Eleição 2010

 

 

Domingo dia 3 de outubro de 2010, foi o dia mais importante do ano para todos brasileiros. Digo isso contrariando a todos os brasileiros que acham o final da novela Viver a Vida da rede Globo ou a derrota do Brasil para Holanda nas quartas-de-finais da Copa do Mundo, batem fácil as eleições. Mas o que a maioria massacrante do eleitorado não vê, é que tudo que acontece no Brasil tem algo haver com as pessoas que elegemos nesse domingo.

O preço de tudo no Brasil tem haver com nosso economia, ou seja, se você acha que pagar dezesseis reais para ver “comer, rezar e amar” em sua estréia é um absurdo ou não ter dinheiro para comprar aquele super combo especial de colecionador do filme lua nova, pode ter certeza que quem você elegeu tem alguma coisa haver com isso. Eles regem as leis que você segue, fiscalizam os abusos, controlam a economia e taxam os impostos, além de vários outros fatores importantes que controlam nosso país. Então eles são responsáveis desde os escandalosos absurdos que você cansa de ver no noticiário até o porque que na sua infância você ficava feliz de ganhar um real e agora despreza esse valor pela razão que não se consegue comprar mais nada.

Nessas eleições teremos segundo turno somente para cargos de presidente e governador. Eu sou residente do estado do Rio de Janeiro, e aqui só terá segundo turno para presidente onde Dilma do PT concorrerá contra Serra do PSDB. No Rio Sérgio Cabral do PMDB foi reeleito no primeiro turno e Lindberg Faria do PT e Marcelo Crivella do PRB foram eleitos senadores. Aqui no Rio o apoio de Lula foi fundamental, tanto que todos os candidatos apoiados pelo presidente nos cargos de senador e governador foram eleitos, além de 32 deputados federais das 46 vagas existentes e 50 deputados estatuais das 70 vagas existentes.

O Lula nas classes mais pobres do estado tem um apelo enorme, com sua política populista e conseguiu para Dilma 43% do votos validos para ex-ministra da casa civil. Com programas como bolsa escola, bolsa família e obras do PAC o atual Presidente Lula tem uma aprovação enorme no estado, mas não foi suficiente para ajudar Dilma no primeiro turno, ao contrário do segundo turno, que será mais que suficiente, já que o candidato que concorre com Dilma não tem um índice muito bom no estado fluminense, tanto que foi o terceiro colocado nas urnas fluminenses. A Grande surpresa do estado foi a candidata a presidência Marina Silva do PV, que conseguiu 2,6 milhões de votos válidos no estado, terminando com 31,52% das urnas ao seu favor. O curioso é que o PV também concorria com Gabeira ao cargo de governador do estado, mas Gabeira que nunca definiu por completo seu apoio a Marina, deixando a entender que apoiava na verdade o candidato José Serra do PSDB, conseguiu um milhão de votos a menos que Marina e perdeu as eleições no primeiro turno.

Com meus vinte e três anos de vida e prestando muita atenção em companhas de marketing pude perceber uma campanha suja em todos os sentidos. Desde acusações infundadas em relação a alguns candidatos até uma sujeira enorme nas ruas cariocas. O maior vitorioso nas eleições fluminenses foi o PMDB, que conseguiu reeleger Sérgio Cabral e elegeu 12 deputados estaduais e 8 deputados federais, mas de todos os partidos obteve também a maior derrota do estado não conseguindo eleger Jorge Picciani (Presidente do partido no RJ) a uma cadeira no senado federal, perdendo pro reeleito pastor Crivela e pro ex-presidente da UNE Lindberg Faria. Mas o que me chamou mais atenção foi a derrota de nomes sindicais vinculados ao PT como o exemplo de Carlos Santana e Biscaia.

Eu nasci com o Brasil se preparando para a primeira eleição direta para presidente no país. Sou filho de um pai funcionário público militante do PT desde a sua criação, que se decepcionou com a primeira derrota de Lula pra Fernando Collor e logo depois vi pela TV por ser muito pequeno milhões de brasileiros, com apoio integral de uma UNE atuante e da TV globo fazendo no centro do Rio o movimento dos caras pintadas que ajudou a derrubar o presidente eleito pelos brasileiros dois anos antes. O curioso foi que nessas primeiras eleições livres entidades como a revista VEJA e a própria rede Globo apoiavam Fernando Collor por debaixo dos panos contra um revolucionário líder sindical. Logo depois assumiu Itamar Franco, que acaba de ser eleito senador por Minas Gerais e começa a implementar a nossa atual moeda, o Real. Aí o PSDB ou os tucanos, começaram a ter uma grande influencia nacional ao eleger Fernando Henrique Cardoso como presidência ao bater novamente o líder sindical da estrela vermelha no segundo turno. A principal realização desse governo foi a continuação e implementação dessa nova moeda, que foi tão bem sucedida no primeiro momento, que garantiu a reeleição no primeiro turno de FHC. Foi depois de 1998, que tudo mudou.

Lula nunca mais foi o líder sindical das greves dos anos 80 e de três derrotas nas urnas. Lula estava completamente diferente, suas barbas não eram mais negras e grossas, eram brancas e ralas. E seu discurso não era mais moral exigindo direitos, agora é de fala mansa e condita com somente idéias e sem acusações. O PSDB também nunca mais foi o mesmo, depois de 1999 e a quase quebra do país com um real que tinha o mesmo valor do dólar, agora figurava quatro vezes maior que a moeda americana. E nas eleições de 2002 o discurso foi de mudança e com uma campanha de marketing que transformou um líder sindical num titio bacana. Lula ganhou as eleições de maneira maioral e transformou a esquerda em direita e a direita em algo que até os dias de hoje não foi definido. O PT deixou de ser o partido que reclama, para ser o partido que comanda e com isso ocorreram muitos problemas.

Escândalos e mais escândalos ocorreram nesses oito anos de governo, mas uma coisa ninguém pode negar, eles ocorreram em massa. Nomes como Roberto Jefferson do PTB-RJ foram caçados e muitos outros renunciaram. Ao contrario de outros governos, todos os escândalos foram a público mesmo muitos acabando em pizza e seguindo uma tendência inversa do governo FHC que fez de tudo para blindar esses escândalos. E esses acontecimentos foram a principal munição da oposição para tentar bater a candidatura da ministra da casa civil do governo Lula a presidência. O que acho mais engraçado é que pelo marketing, o governo Lula e somente ele é corrupto, e todo o senado e câmera de deputados são compostas pelo PT e nenhum integrante da aliança PSDB, PPS, PTB e DEM esteve envolvido em nenhum escândalo. A propaganda mais absurda que vi na televisão, foi vincular o nome de Fernando Collor ao governo Lula. Sendo que ele só está lá porque foi eleito pelo povo de alagoas ao senado, e que concorreu ao governo de alagoas pelo partido PTB, que é presidido por Roberto Jefferson (Principal nome do mensalão), e que faz parte da aliança de José Serra a presidência do Brasil.

Uma campanha mentirosa, suja e ilegal foi o que mais marcou nas eleições 2010. Ilegal por vários motivos, um deles por cartazes de propaganda que todos os cariocas cansaram de ver ocupar praças públicas após as 22h e lixo eleitoral que ocupou vários lugares como terrenos abandonados e até postes públicos. Mentirosa por expor em rede nacional inúmeras calunias só para iludir o povo e conseguir voto. E principalmente suja, para você ter idéia, se você for do bairro carioca de Anchieta a Guadalupe, você encontrará cerca de 250 cartazes divulgando Jorge Picciani ao senado, fora os filhos eleitos de Picciani, que concorreram a câmera Federal e estadual. Sendo que isso tudo é percorrido de ônibus em 15 minutos.

Na eleição em que bem mais da metade da população decidiu seu voto por base em santinhos distribuídos em boca de urna ou antes das eleições e não em idéias propostas pelos candidatos. Eu estou escrevendo isso por protesto ao ver os candidatos eleitos e a outros candidatos bons que ficaram de fora por causa do ex-governador Garotinho, que teve uma candidatura tão expressiva em voto, que uns cinco de seus companheiros de partido para câmera federal e de quebra elegeu sua filha pra alerj.

Aqui vou deixar a lista dos candidatos eleitos para câmera federal e senado pelo rio de janeiro, além dos 70 integrantes da alerj e a lista dos 81 senadores eleitos pelo Brasil e dos 27 que já perduram por lá em suas cadeiras. E para fechar o plano de governo do governador reeleito para que todos possam cobra-lo com consciência e sem ignorância até 2014. E que ele faça 100% do que prometeu e não 90% como disse ao RJTV da rede globo, hoje a tarde. Eu nem sei se ele cumpriu isso tudo, porque fui omisso e não acompanhei, mas vou fazer de tudo para mudar meu pensamento e começar a acompanhar, porque a promessa é para cumprir 100%, se não consegue, é porque não é competente para cumprir. E antes que alguém ache isso radical, se em seu emprego você não cumpri 100% do que o seu patrão determina, alguém consegue mante-lo? Se prometeu, então que se cumpra.

 

Plano de governo do governador reeleito Sergio Cabral: Site explicandotudo.com

Senadores

Amazônia: Alfredo nascimento (PR), Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotin (PC do B). Amapá: Epitáfio Cafeteira (PTB), Randolfe (PSOL) e Gilvam Borges (PMDB). Maranhão: José Sarney(PMDB), Lobão (PMDB) e João Alberto (PMDB). Bahia: João Durval (PDT), Walter Pinheiro (PT) e Lidice (PSB). Ceará: Inácio Arruda (PC do B), Eunicio (PMDB) e Pimentel (PT). Distrito Federal: Joaquim Domingos Roriz (PMDB), Cristovam Buarque (PDT) e Rollemberg (PSB). Espirito Santo: José Renato Casagrande (PSB), Ricardo Ferraço (PMDB) e Magno Malta (PR). Goiás: Marconi Perillo (PSDB), Demostenes Torres (DEM) e Lucia Vânia (PSDB). Maranhão: Epitácio Cafeteira (PTB), Randolfe (PSOL) e Gilvan Borges (PMDB). Mato Grosso: Jayme Campos (DEM), Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT). Mato Grosso do Sul: Marisa Serrano (PSDB), Delcídio (PT) e Moka (PMDB). Minas Gerais: Eliseu Resende (DEM), Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS). Pará: Mario Couto (PSDB), Flexa Ribeiro (PSDB) e Marinor Brito (PSOL). Paraíba: Cícero Lucena (PSDB), Vitalzinho (PMDB) e Wilson Santiago (PMDB). Paraná: Álvaro Dias (PSDB), Gleisi (PT) e Requião (PMDB). Pernambuco: Jarbas Vasconcelos (PMDB), Armando Monteiro (PTB) e Humberto Costa (PT). Piauí: João Vicente Claudino (PTB), Wellington Dias (PT) e Ciro Nogueira (PP). Rio de Janeiro: Francisco Dornelles (PP), Lindberg Faria (PT) e Marcelo Crivella (PRB). Rio Grande do Norte: Rosalba Ciarlini (DEM), Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José Agripino (DEM). Rio Grande do Sul: Pedro Simon (PMDB), Paim (PT) e Ana Amélia Lemos (PP). Roraima: Expedito Júnior (PPS), Valdir Raupp (PMDB) e Ivo Cassol (PP). Roraima: Mozarildo (PTB), Romero Jucá (PMDB) e Angela Portela (PT). São Paulo: Eduardo Suplicy (PT), Marta Suplicy (PT) e Aloysio Nunes (PSDB). Santa Catarina: João Raimundo Colombo (DEM), Luis Henrique da Silveira (PMDB) e Paulo Bauer (PSDB). Sergipe: Mario do Carmo (DEM), Eduardo Amorim (PSC) e Valadares (PSB). Tocantins: Kátia Abreu (DEM), João Ribeiro (PR) e Marcelo Miranda (PMDB).

Deputado Federal pelo Rio de Janeiro.

Garotinho (PR), Chico Alencar (PSOL), Leonardo Picciani (PMDB), Vitor Paulo (PRB), Eduardo Cunha (PMDB), Romário (PSB), Jandira Feghali (PC do B), Alexandre Cardoso (PSB), Whashington Reis (PMDB), Alessandro Molon (PT), Jair Bolsonaro (PP), Pedro Paulo (PMDB), Arolde de Oliveira (DEM), Filipe Pereira (PSC), Hugo Leal (PSC), Dr. Aluizio (PV), Rodrigo Maia (DEM), Luiz Sergio (PT), Julio Lopes (PP), Otavio Leite (PSDB), Stepan Nercessian (PPS), Andreia Zito (PSDB), Marcelo Matos (PDT), Simão Sessim (PP), Rodrigo Bethlem (PMDB), Sirkis (PV), Adrian (PMDB), Alexandre Santos (PMDB), Ezequiel (PMDB), Benedita (PT), Sergio Zveiter (PDT), Miro Teixeira (PDT), Glauber (PSB), Francisco Floriano (PR), Edson Santos (PT), Bittar (PT), Walney Rocha (PTB), Dr. Adilson Soares (PR), Zoinho (PR), Felipe Bornier (PHS), Neilton Mulim (PR), Dr. Paulo César (PR), Liliam Sá (PR), Aureo (PRTB), Paulo Feijó (PR), Jean Wyllys (PSOL).

  

Deputados Estaduais (ALERJ)

Wagner Montes (PDT), Marcelo freixo (PSOL), Samuel malafaia (PR), Paulo Melo (PMDB), Clarissa Garotinho (PR), Alexandre Correa (PRB), Pedro Augusto (PMDB), Rafael Picciani (PMDB), Domingos Brazão (PMDB), Cidinha Campos (PDT), Carlos Minc (PT), Edson Albertassi (PMDB), Edino Fonseca (PR), Dionisio Lins (PP), Christino Áureo (PMN), Pedro Fernandes (PMDB), Lucinha (PSDB), Andreia do Charlinho (PDT), Sabino (PSB), Graça (PMDB), Dica (PMDB), Flavio Bolsonaro (PP), Rafael do Gordo (PSB), Andre Correa (PPS), Marcio Panisset (PDT), Marcos Abrahão (PT do B), Marcos Soares (PDT), André lazaroni (PMDB), Fabio Silva (PR), Comte (PPS), Marcelo Simão (PSB), Alessandro Calazans (PMN), Miguel Jeovani (PR), Gustavo Tutuca (PSB), Bernardo Rossi (PMDB), Rogerio Cabral (PSB), Iranildo Campos (PR), Chiquinho da Magueira (PMDB), Roberto Dinamite (PMDB), Marcio Pacheco (PSC), Paulo Ramos (PDT), Rodrigo neves (PT), Coronel Jairo (PSC), Graça Pereira (DEM), Ricardo Abrão (PDT), Gilberto Palmares (PT), Marcus Vinicius (PTB), Atineu Cortes (PR), Gerson Bergher (PSDB), Waguinho sempre juntos (PRTB), Aspacia (PV), Luiz Paulo (PSDB), Claise Maria Zito (PSDB), João Peixoto (PSDC), Felipe Peixoto (PDT), Samuquinha (PR), Roberto Henriques (PR), Salomão (PT), Zaqueu (PT), José Luiz Nanci (PPS), Inês Pandeló (PT), Bebeto (PDT), Luiz Martins (PDT), Myrian Rios (PDT), Geraldo Moreira (PTN), Enfermeira Rejane (PC do B), Xandrinho (PV), Rosangela Gomes (PRB) e Janira Rocha (PSOL).

Eu votei em Plínio pra presidência, Gabeira pro governo do estado, Lindberg Farias (falta de opções e não anulo meu voto) e Milton Temer pro senado, Molon para federal e Paulo Ramos pra estadual. Lindberg, Molon e Paulo Ramos foram eleitos e cobrarei a eles o que me prometeram em campanha. E você em quem você votou? E se alguém foi eleito, então cobre também e faremos um Brasil melhor. Vamos parar de reclamar e vamos começar a agir.