segunda-feira, 9 de agosto de 2010

No canto de um sabiá

 

     olho-humano-4

Vejo em seus olhos trêmulos

a cor de mel envelhecido.

Vejo em seu rosto pálido

a pureza de uma garotinha.

Vejo em seus lábios finos

a tristeza de uma decepção,

o aborrecimento de uma ocasião,

e a alegria num sorriso.

Vejo em seu exterior

a beleza de mulher formada,

a destreza de menina sapeca,

o encanto de um anjo sem asas.

Seus papos envolventes me renovam!

Sua amizade me envolveu num ninho

de um sabiá do sertão

que passa meses fechado em seus cantos

até cantar! Numa pura felicidade

pela chuva milagrosa que a terra engole.

O pássaro canta como meu coração,

que fica recluso sem suas sombras,

que explode em desejos e sentimentos

de suas formas imigrantes.

3 comentários:

Juliana disse...

poema lindo, adoreeeei...

Juliana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rafael Peroni disse...

muito bom o poema!! Parabéns

http://www.musicalsalad.blogspot.com/

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