sexta-feira, 14 de maio de 2010

Hoje eu consigo

Não sei se sou uma grande falsidade
Ou se sou um tanto de original
Só sei que sou um cameleão desses tempos
Desprezado por todos em tempos clássicos
Hoje se é a personalidade perfeita
Desse mundo de dinossauros carnívoros.
Hoje eu consigo ser várias pessoas diferente
Dentro de um grande corpo de tão inchado.
Consigo ser o bonzinho, consigo ser o safado
Consigo ser o Mané, consigo ser o desgraçado
Consigo ser o calado, consigo ser a atração
Consigo ser o inteligente, consigo ser o falador
Consigo ser o tímido e consigo ser o mais burro.
O fato de conseguir ser não é problema para mim
Sou tão bom em máscaras que resolvi ser ator
Sou tão bom em histórias que resolvi ser escritor
O meu ser de verdade são contatos quem conhecem
Dos meus problemas sempre escolho não dizer
Deus foi muito bom em me dar fartura e saúde
E o que a mão direita faz a esquerda não vê
O que faço não interessa a ninguém além de mim
E das pessoas selecionadas que resolvo contar.
São para essas pessoas que me mostro sem máscaras
Um garoto inseguro e engraçado que adora ser sincero
Adoro ser sincero e adora ouvir sinceridade
Mesmo contando inúmeras mentiras e ouvindo o dobro
Nesse poema eu resolvo ser o Leandro sem máscaras
E sendo verdadeiro eu começo a parar de escrever
Porque do jeito que eu falo e escrevo
Se eu não parar por aqui nessa escrita
Um livro eu escreverei nesse jeito debochado.

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